segunda-feira, 11 de março de 2013

Cultura

Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “agricultura” (significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos), como empregado por Varrão, por exemplo. Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cultura – se aproxima mais desta definição). Definições de cultura foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o termo cultura. Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.
Fonte: Wikipedia

Cultura na Antropologia: Esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo. O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil. A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior. Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações. Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados. A agricultura também permitiu o crescimento populacional de maneira acentuada, que gerou novo problema: produzir alimento para uma população maior. Desenvolvimentos técnicos – facilitados pelo maior número de mentes pensantes – permitem que essa dificuldade seja superada, mas por sua vez induzem a um novo aumento da população; o aumento populacional é assim causa e consequência do avanço cultural .
Fonte: Wikipedia

domingo, 18 de abril de 2010

Cinema

OO mercado brasileiro de cinema é o mais pujante entre todas as artes. Em 2011, de acordo com o Informe Anual de Acompanhamento de Mercado – Filmes e Bilheterias, da Ancine, o número total de ingressos vendidos chegou a 143,9 milhões, e a renda bruta nas bilheterias dos cinemas alcançou o valor de R$ 1,44 bilhão, estabelecendo novos recordes e colocando o Brasil entre outros mercados mais importantes do mundo.
“O número de filmes de longa-metragem brasileiros lançados, 99 no total, foi o maior dos últimos 10 anos”, afirma o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. Depois da retomada dos anos 1990, a produção brasileira está consolidada, a estética dos filmes ganhou o mundo com grandes produções e a cena alternativa ferve. Claro que a concorrência ainda é grande. Entre os 10 filmes top de bilheteria em 2012, nenhum é brasileiro.
Na década de 1930, os primeiros filmes nacionais já lutavam contra a distribuição massiva vinda dos Estados Unidos. As chanchadas, comédias musicais com cantores do rádio e atrizes do teatro de revista, como “Alô, Alô Brasil” (1935) e “Alô, Alô Carnaval” (1936), caem no gosto popular e revelam Carmen Miranda. Logo é criado o estúdio Vera Cruz, em São Paulo, para realizar um tipo de cinema mais sofisticado. Em 1953, “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, ganha prêmio no Festival de Cannes.
É o início da era de ouro do cinema nacional, o Cinema Novo. No início da década de 1960, um grupo de cineastas jovens realiza filmes com temática social, entre eles Glauber Rocha, um dos maiores cineastas brasileiros. É hora de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968). Colados no underground americano, o Cinema da Boca do Lixo brasileiro revela também Rogério Sganzerla (“O Bandido da Luz Vermelha”, 1968) e Júlio Bressane. Por outro lado, as pornochanchadas – produções que misturavam histórias popularescas com erotismo e humor – conquistam o público.
Em 1974, o presidente Ernesto Geisel cria a Embrafilme, que teria papel central no cinema brasileiro até a extinção em 1990. Dali, saíram “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto, e “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Babenco.
Depois disso, com a extinção da Embrafilme, o cinema nacional cai em declínio, só erguido novamente com a Lei do Audiovisual, por meio de incentivos fiscais. É a retomada. Em pouco tempo, três filmes são indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O Que é Isso, Companheiro” (1997) e “Central do Brasil” (1998), também vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim.
A partir de então, despontam nomes como Walter Salles e Carla Camuratti. Em 2002, Fernando Meirelles, vindo da publicidade, faria “Cidade de Deus”, um marco do “cinema de favela” com estética brasileira, que abrira caminho para “Tropa de Elite” (2007) e “Tropa de Elite 2” (2011), de José Padilha, este sim o maior sucesso de todos os tempos nas salas brasileiras.
Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel, a ação do poder público não se resume mais a autorizar a captação de renúncia fiscal. “Ela estimula e articula parcerias, investe diretamente e, principalmente, induz condições favoráveis à participação dos agentes privados.”
Por isso, as produções nacionais ocupariam o mercado de forma “continuada e consistente”. O Brasil tem 2.098 salas de cinema, segundo o último Anuário Estatístico do Ministério da Cultura, metade delas no Sudeste.